Pessoal, recentemente foi descoberto um novo recife brasileiro e um dos maiores do mundo (Moura et al., 2016 - Science Advances). Curiosamente, abaixo da pluma da foz do Rio Amazonas. Trata-se de um rodolito, um recife que, apesar de possuir corais, é composto predominantemente por algas calcáreas. O recife está localizado abaixo de uma camada de água bastante túrbida e em um ambiente organicamente enriquecido - o que, de modo geral, dificulta o desenvolvimento de um sistema carbonático. Muitas espécies novas de esponjas (um dos grupos mais abundantes) foram descritas e muitas caras conhecidas dos aquaristas como o Holacanthus ciliaris, Chaetodon sedentarius e outros peixes também foram encontradas.
Vocês conhecem o polvo Hapalochlaena lunulata (Blue-Ringed Octopus)? Lindo e perfeito para os nossos reefs, certo? Só que não. Sua picada gera paralisia respiratória e pode ser fatal para humanos! Portanto... vamos observar somente na natureza!
Conhecem o termo “maré vermelha”? É um evento de afloramento e crescimento de dinoflagelados planctônicos de coloração avermelhada/amarronzada. Normalmente esses eventos são causados por eutrofização (excesso de nutrientes), ressurgência costeira e outros processos oceanográficos. Dependendo da espécie de dinoflagelado, pode contaminar peixes e causar mal-estar para seres humanos que se alimentarem de pescados.
A Estrela-Coroa-de-Espinhos (Acanthaster planci) é uma das mais curiosas espécies de estrelas-do-mar. No entanto, é uma famosa coralívora (predadora de corais), e responsável por devastar recifes. Inclusive, programas ambientais do Oceano Pacífico recomendam a coleta e destruição deste organismo. Veja na foto ao lado um indivíduo de A. planci se alimentando de corais acroporídeos.
Assim como existem corais zooxantelados (e, portanto, indiretamente fotossintéticos), também existem corais azooxantelados, que não possuem zooxantelas e dependem de alimentação heterotrófica. E dentre eles, temos esta interessante espécie chamada Deltocyathoides orientalis, que recentemente foi descrita (Sentoku et al., 2016, Sci Rep) como uma espécie que se enterra e mantém apenas os tentáculos expostos para capturar as suas presas.
Pessoal, um dos grandes problemas da aquariofilia marinha brasileira, infelizmente, é a falta de informação no combate às doenças. Parasitas como Amyloodinium ocellatum, Cryptocaryon irritans e Brooklynella hostilis frequentemente devastam aquários. Por isso, a Eco-Reef pede para os aquaristas para que busquem fontes CONFIÁVEIS. A melhor delas, e aqui recomendada, é o livro do Prof. Dr. Edward Noga, chamado Fish Disease: Diagnosis and Treatment. Vamos melhorar o hobby e sermos responsáveis com os organismos. Compartilhem!
Tardígrados, ou "ursos aquáticos", são pequenos organismos encontrados em ambientes úmidos e aquáticos (tanto continentais quanto marinhos). Eles toleram uma impressionante variação de temperatura, de -272 até 150ºC! São encontrados em regiões polares e até vulcânicas!
Para peixes que ficaram mais de 48 h em trânsito, não é uma boa idéia. No saquinho de transporte, o peixe irá respirar e excretar. A amônia (NH3) excretada é tóxica, mas O CO2 oriundo da respiração irá diminuir o pH e converter parte da amônia em amônio (NH4+), que não é tóxico. No entanto, quando você abre o saquinho, o CO2, que é instável, sairá para a atmosfera, o pH subirá e o amônio será rapidamente convertido em amônia, causando danos às brânquias do peixe.
Ciclióforos são pequenos animais arredondados que vivem associados aos apêndices bucais de lagostas! Sim, isso mesmo. Estes animais foram descritos somente em 1995 e apenas três espécies são conhecidas.
Embora estejamos mais familiarizados com recifes de corais rasos, também existem recifes de corais de oceano profundo. Veja na foto abaixo um recife do coral Lophelia pertusa, que é uma espécie relativamente abundante em áreas profundas do Oceano Atlântico e do Brasil, ocupando faixas de 100 a 3.000 m de profundidade. A L. pertusa, evidentemente, é uma espécie azooxantelada e não necessita de luz.