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Recifes amazônicos

Recifez amazônicos (Moura et al., 2016) - Science AdvancesRecifez amazônicos (Moura et al., 2016) - Science AdvancesPessoal, recentemente foi descoberto um novo recife brasileiro e um dos maiores do mundo (Moura et al., 2016 - Science Advances). Curiosamente, abaixo da pluma da foz do Rio Amazonas. Trata-se de um rodolito, um recife que, apesar de possuir corais, é composto predominantemente por algas calcáreas. O recife está localizado abaixo de uma camada de água bastante túrbida e em um ambiente organicamente enriquecido - o que, de modo geral, dificulta o desenvolvimento de um sistema carbonático. Muitas espécies novas de esponjas (um dos grupos mais abundantes) foram descritas e muitas caras conhecidas  dos aquaristas como o Holacanthus ciliarisChaetodon sedentarius e outros peixes também foram encontradas.


Blue-Ringed Octopus

http://animalia-life.club/other/greater-blue-ringed-octopus.htmlhttp://animalia-life.club/other/greater-blue-ringed-octopus.htmlVocês conhecem o polvo Hapalochlaena lunulata (Blue-Ringed Octopus)? Lindo e perfeito para os nossos reefs, certo? Só que não. Sua picada gera paralisia respiratória e pode ser fatal para humanos! Portanto... vamos observar somente na natureza!


Maré vermelha

http://www.lovethesepics.com/2013/03/red-tide-phenomenon-in-rainbow-of-algal-bloom-colors-38-pics/http://www.lovethesepics.com/2013/03/red-tide-phenomenon-in-rainbow-of-algal-bloom-colors-38-pics/Conhecem o termo “maré vermelha”? É um evento de afloramento e crescimento de dinoflagelados planctônicos de coloração avermelhada/amarronzada. Normalmente esses eventos são causados por eutrofização (excesso de nutrientes), ressurgência costeira e outros processos oceanográficos. Dependendo da espécie de dinoflagelado, pode contaminar peixes e causar mal-estar para seres humanos que se alimentarem de pescados.


Estrela-Coroa-de-Espinhos

https://en.ird.fr/the-media-centre/scientific-newssheets/420-on-the-trail-of-the-coral-killing-starfishhttps://en.ird.fr/the-media-centre/scientific-newssheets/420-on-the-trail-of-the-coral-killing-starfishA Estrela-Coroa-de-Espinhos (Acanthaster planci) é uma das mais curiosas espécies de estrelas-do-mar. No entanto, é uma famosa coralívora (predadora de corais), e responsável por devastar recifes. Inclusive, programas ambientais do Oceano Pacífico recomendam a coleta e destruição deste organismo. Veja na foto ao lado um indivíduo de A. planci se alimentando de corais acroporídeos.


Corais que se enterram

(Sentoku et al., 2016 – Scientific Reports)(Sentoku et al., 2016 – Scientific Reports)Assim como existem corais zooxantelados (e, portanto, indiretamente fotossintéticos), também existem corais azooxantelados, que não possuem zooxantelas e dependem de alimentação heterotrófica. E dentre eles, temos esta interessante espécie chamada Deltocyathoides orientalis, que recentemente foi descrita (Sentoku et al., 2016, Sci Rep) como uma espécie que se enterra e mantém apenas os tentáculos expostos para capturar as suas presas.


Doenças de peixes marinhos

Fish Disease: Diagnosis and Treatment (Noga, E.J., Wiley-Blackwell)Fish Disease: Diagnosis and Treatment (Noga, E.J., Wiley-Blackwell)Pessoal, um dos grandes problemas da aquariofilia marinha brasileira, infelizmente, é a falta de informação no combate às doenças. Parasitas como Amyloodinium ocellatumCryptocaryon irritans e Brooklynella hostilis frequentemente devastam aquários. Por isso, a Eco-Reef pede para os aquaristas para que busquem fontes CONFIÁVEIS. A melhor delas, e aqui recomendada, é o livro do Prof. Dr. Edward Noga, chamado Fish Disease: Diagnosis and Treatment. Vamos melhorar o hobby e sermos responsáveis com os organismos. Compartilhem!

https://www.amazon.com/FISH-DISEASE-DIAGNOSIS-TREATMENT-2ND/dp/8126550694/ref=mt_paperback?_encoding=UTF8&me=


Invertebrados pouco conhecidos - Tardígrados

Tardígrado (http://palaeos.com/metazoa/ecdysozoa/tardigrada/)Tardígrado (http://palaeos.com/metazoa/ecdysozoa/tardigrada/)Tardígrados, ou "ursos aquáticos", são pequenos organismos encontrados em ambientes úmidos e aquáticos (tanto continentais quanto marinhos). Eles toleram uma impressionante variação de temperatura, de -272 até 150ºC! São encontrados em regiões polares e até vulcânicas!

 

 


É bom aclimatar peixes através de gotejamento?

(http://www.yourfishstuff.com/shipping-bag-large)(http://www.yourfishstuff.com/shipping-bag-large)Para peixes que ficaram mais de 48 h em trânsito, não é uma boa idéia. No saquinho de transporte, o peixe irá respirar e excretar. A amônia (NH3) excretada é tóxica, mas O CO2 oriundo da respiração irá diminuir o pH e converter parte da amônia em amônio (NH4+), que não é tóxico. No entanto, quando você abre o saquinho, o CO2, que é instável, sairá para a atmosfera, o pH subirá e o amônio será rapidamente convertido em amônia, causando danos às brânquias do peixe.


Invertebrados pouco conhecidos - Cycliophora

Cycliophora (http://www.leica-microsystems.com/science-lab/in-the-footsteps-of-linnaeus-microscopic-imaging-in-marine-biodiversity-research/)Cycliophora (http://www.leica-microsystems.com/science-lab/in-the-footsteps-of-linnaeus-microscopic-imaging-in-marine-biodiversity-research/)Ciclióforos são pequenos animais arredondados que vivem associados aos apêndices bucais de lagostas! Sim, isso mesmo. Estes animais foram descritos somente em 1995 e apenas três espécies são conhecidas.


Recifes abissais

Recife de [i]Lophelia pertusa[/i] (http://www.xray-mag.com/content/coral-populations-north-atlantic-under-threat-climate-change)Recife de Lophelia pertusa (http://www.xray-mag.com/content/coral-populations-north-atlantic-under-threat-climate-change)Embora estejamos mais familiarizados com recifes de corais rasos, também existem recifes de corais de oceano profundo. Veja na foto abaixo um recife do coral Lophelia pertusa, que é uma espécie relativamente abundante em áreas profundas do Oceano Atlântico e do Brasil, ocupando faixas de 100 a 3.000 m de profundidade. A L. pertusa, evidentemente, é uma espécie azooxantelada e não necessita de luz.